Entenda tudo sobre ESG no agronegócio
Nos últimos anos, o tema do ESG no agronegócio tem ganho destaque em diversos setores econômicos, e o agronegócio não é exceção.
Tradicionalmente focado na produção de alimentos, fibras e biocombustíveis, o agronegócio enfrenta agora a necessidade de abordar questões ambientais, sociais e de governança para garantir sua viabilidade futura e sustentabilidade a longo prazo.
O que significa ESG no agronegócio?
ESG é a forma como as práticas agrícolas impactam o meio ambiente. Isso inclui questões como uso responsável da água, conservação do solo, mitigação das emissões de gases de efeito estufa, proteção da biodiversidade e adoção de práticas agrícolas sustentáveis.
Além disso, refere-se à maneira como as empresas do agronegócio são geridas e supervisionadas. Isso inclui transparência nos processos de tomada de decisão, estrutura de propriedade, práticas contábeis, diversidade e inclusão no conselho de administração, combate à corrupção e conformidade com regulamentações.
Assim, quanto mais eficientes as práticas ESG, maiores as possibilidades de aceitação dessas empresas, suas marcas, produtos e serviços, por parte da sociedade.
Significado da sigla ESG
ESG é uma sigla que representa três pilares para avaliar o desempenho de uma empresa.
Ambiental (E – Environmental)
É a prática e princípios adotados na empresa para conservação do meio ambiente.
Com o foco de buscar iniciativas e alternativas sustentáveis, visando diminuir o uso de recursos naturais e o impacto dos resíduos da produção agrícola.
Alguns objetivos são:
- Redução da poluição do ar, do solo e da água;
- Combate ao desmatamento e à abertura de novas áreas agrícolas;
- Aumento da biodiversidade, com a recuperação de áreas ou pastagens degradadas;
- Uso de energias de fontes renováveis (eólica, biogás, solar);
- Zoneamento do risco climático da área agrícola. Desenvolvida pelo Ministério da Agricultura,
- Implantação de tecnologias de integração da lavoura-pecuária-floresta, dentre outras;
- Redução do uso de adubos químicos, utilizando práticas de adubação verde;
- Fim do uso de pesticidas ou uso racional, quando necessário. Nunca utilizar pesticidas ilegais que causam danos à saúde humana e ambiental;
- Respeitar as regras e diretrizes do Código Florestal Brasileiro e do Cadastro Ambiental Rural (CAR);
- Aplicar técnicas de reflorestamento em áreas degradadas e encostas. Áreas sem capacidade para atividades de agropecuária devem ser reflorestadas para fins de conservação, de acordo com regras definidas no Código Florestal;
- Realizar a correta destinação de resíduos e poluentes da atividade rural, conforme regras da legislação ambiental, com vistas a não poluir nascentes, rios e solo;
- Gestão e descarte correto de embalagens e defensivos agrícolas;
- Implantar processos de certificação da propriedade rural à luz de práticas ESG.
Social (S – Social)
É a relação e práticas que a empresa tem com as pessoas em sua área de atuação.
Tem como foco buscar a valorização dos profissionais da empresa rural, respeitando os direitos humanos e trabalhistas, e dando apoio à diversidade e inclusão social. Preocupação com o consumidor e a comunidade do entorno da propriedade.
Alguns objetivos são:
- Aprimoramento e comunicação com as pessoas, clientes e a sociedade de forma em geral; Aderência aos direitos humanos e trabalhistas;
- Plano de cargos e salários;
- Elaboração e execução de um plano de conduta da empresa rural;
- Valorização da saúde e segurança no ambiente de trabalho;
- Promover a inclusão social, de gênero e a diversidade na equipe de funcionários no meio rural; Intensa preocupação com o consumidor;
- O posicionamento da empresa em causas e projetos sociais;
- Apoiar o desenvolvimento da comunidade do entorno da propriedade rural, com vistas a diminuir a desigualdade social e combater a fome e a miséria, dentre outros;
Governança (G – Governance)
Forma como a empresa administra os seus processos e a transparência de suas ações.
Com o foco da adoção de políticas e práticas direcionadas para o controle, gestão e transparência dos recursos e dos produtos da propriedade rural.
Alguns objetivos são:
- A adoção de políticas e práticas direcionadas ao controle da empresa rural;
- O comportamento e uma política institucional em relação às práticas anticorrupção, lavagem de dinheiro, trabalho escravo, dentre outras;
- A composição e a diversidade do conselho de administração, diretoria e cargos de gestão;
- A política de remuneração dos diretores e gestores, bem como cargos e salários;
- Os valores e a postura moral e ética nos negócios praticados pela empresa rural; Valorização da transparência, da equidade, da prestação de contas e da responsabilidade corporativa;
- O não envolvimento da empresa e diretores em fraudes, denúncias, escândalos, condenações na justiça e similares;
- Veracidade das informações de produtos e processos por parte da empresa rural;
- A elaboração e execução de uma boa política de compliance, que pode ser entendida como a relação com a ética e conduta da empresa rural e sua adequação às normas dos órgãos de regulamentação.
Principais medidas e critérios ESG para a indústria agropecuária
Para avaliar o desempenho do ESG na indústria agropecuária, é fundamental acompanhar medidas e critérios específicos. Alguns dos principais incluem:
Emissões de CO2
Avaliar e reduzir as emissões de gases de efeito estufa geradas por atividades agrícolas, como o uso de equipamentos e a gestão de resíduos.
Uso de recursos hídricos
Monitorar o uso responsável da água na agricultura, minimizando o desperdício e adotando práticas de irrigação eficazes.
Diversidade Biológica
Avaliar a variedade de espécies na área de produção e implementar medidas para preservar a biodiversidade local.
Bem-Estar Animal
Assegurar que as práticas de criação e manejo de animais sejam éticas e que os animais sejam tratados com dignidade.
Certificações Sustentáveis
Obter certificações reconhecidas, como a Certificação de Agricultura Sustentável Rainforest Alliance, que validam as práticas ESG.
Interação com a Comunidade
Avaliar o impacto positivo nas comunidades locais, incluindo programas de emprego, educação e infraestrutura.
O acompanhamento dessas medidas auxilia as empresas na avaliação de seu progresso em relação às metas ESG.
Por que o ESG é importante no agronegócio?
Existem fortes razões para que uma empresa rural, independentemente do seu tamanho, esteja atenta à importância de adotar as práticas ESG em suas operações:
Redução de custos operacionais
Ao adotar práticas ESG, é possível reduzir os custos de produção, por exemplo, utilizando insumos naturais mais acessíveis e reduzindo o uso de pesticidas.
Aumento da produtividade e preservação da biodiversidade
A agricultura ocupa em torno de 30 a 35% das terras brasileiras. Portanto, há necessidade de criação de mecanismos sustentáveis na agricultura moderna, a fim de atender aos altos níveis de produção, sem provocar desequilíbrio ecológico e aumento das áreas agrícolas.
Valorização no mercado de produtos sustentáveis
Com a crescente demanda por produtos sustentáveis, tanto consumidores quanto financiadores valorizam práticas sustentáveis, especialmente na produção de alimentos livres de agrotóxicos e no respeito às áreas protegidas.
Resistência às mudanças climáticas
As práticas sustentáveis fortalecem as propriedades rurais, tornando-as mais resistentes diante das mudanças climáticas.
Engajamento e retenção de talentos
Uma política de sustentabilidade que priorize o bem-estar dos funcionários resulta em maior comprometimento, produtividade e retenção de talentos.
Acesso a crédito e financiamento facilitado
Instituições financeiras estão cada vez mais considerando critérios de sustentabilidade ao conceder crédito rural, o que pode resultar em condições mais favoráveis para empresas que adotam práticas ESG.
Por onde começar o ESG no agronegócio?
Embora o ESG ofereça inúmeras oportunidades para o agronegócio, também apresenta desafios.
A transição para práticas mais sustentáveis muitas vezes requer investimentos em infraestrutura, tecnologia e capacitação de mão de obra.
No entanto, as empresas que conseguem superar esses desafios estão bem posicionadas para colher os benefícios do ESG. Além de atender às demandas dos consumidores e investidores, elas também podem melhorar a eficiência operacional e reduzir os riscos ambientais.
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- Gestão eficiente dos recursos hídricos;
- controle de custos;
- Obter informações para redução de custos operacionais
- Realizar o planejamento agrícola;
- Realizar o controle comercial, financeiro e contábil;
- Monitorar o manejo das culturas;
- Monitorar o manejo dos animais;
- Gerar o LCDPR e SPED;
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Fonte do artigo: Sebrae
Assistente de Marketing na Connectere Agrogestão. Atuo com Marketing Digital desde 2020 e atualmente sou responsável pela redação de artigos na Connectere.